Votorantim recicla setenta quilos de bitucas de cigarro
sexta-feira, 5 de agosto de 2011E quem diria que um dia alguém acabaria por descobrir que o cigarro pode fazer bem para alguma coisa. Pois os irmãos Marcos e Sérgio Poiato tiveram a ideia de recolher bitucas de cigarro e transformá-las em adubos para áreas degradadas, iniciativa que conforme eles é pioneira no mundo. Depois de seis meses de trabalho, ontem à tarde foi encaminhada a primeira carga de bitucas de cigarros coletados nos 46 pontos de recolhimento de bitucas em guia Votorantim para uma empresa especializada na cidade de Curitiba, no Paraná, que fará a transformação desse material. A fibra da bituca de cigarro, quando manuseada corretamente, contribui para o reflorestamento em um tempo menor que outros materiais.
Foram encaminhados 70,8 kg do material, o equivalente a 177.800 bitucas ou 8.850 maços de cigarro, que deixaram de ir para as sarjetas e poluir o meio ambiente. O material encaminhado faz parte do Programa Municipal de Coleta de Bitucas de Cigarro. Na ocasião, a empresa Poiato Recicla, responsável pela coleta do material em Votorantim, fez a prensagem e pesagem final do material, antes de ser enviado ao Paraná.
Conforme o secretário de Meio Ambiente, Elzo Savella, o município de Votorantim é pioneiro na ação por ter a primeira estação de triagem regulamentada do país e já é referência para outras cidades. “Sorocaba é uma das que igualmente implantou o sistema”, cita.
Marcos Poiato, proprietário da empresa Poiato Recicla, observa que a bituca de cigarro é um dos itens que mais provoca queimadas e entope bocas-de-lobos, causando o alagamentos em dias de chuva. “A bituca é um lixo pequeno, mas altamente tóxico, possui mais de 6 mil substâncias nocivas à saúde. Imagine as consequências disso quando ela vai parar em um rio”.
A iniciativa de recolher bitucas, explica, surgiu quando trabalhava numa indústria farmacêutica e falava sobre os malefícios do cigarro. Nessa época, com o advento da Lei Antifumo, Marcos observou que as pessoas estavam sendo colocadas para fora do ambiente de restaurantes, barzinhos, danceterias e não havia um local apropriado para descartar o resíduo. “Então surgiu a ideia de coletar as bitucas e dar um destino ao material”, conta.
De acordo com Marcos, além dos coletores de bituca, a empresa Poiato Recicla fabrica lixeiras de bolso para serem usadas em locais que não dispõem de material apropriado para descarte do material. “Assim, é possível apagar o cigarro e guardar a bituca, até encontrar uma lixeira”, diz. Por enquanto o material está disponível apenas para empresas, mas a ideia é vender também para particulares. “Ainda não lançamos no mercado, mas já vendemos 40 mil”, comemora.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
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